Guilherme Bevilaqua, mais conhecido como Laqua Parla, é formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Positivo (UP), mas seguiu os rumos da arte ao fazer licenciatura em Desenho e especialização em História da Arte do século XX pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap). Professor universitário há seis anos, Laqua também atua como ilustrador de livros didáticos e infantis, criando personagens e animações para curtas metragens e filmes publicitários. Ele também fundou o Centro de Artes Cartum Casa Terezinha Bevilaqua, com cursos de design de personagens cartum, caricatura e animação tradicional 2D.
O contato do ilustrador com os livros começou cedo. Aos 5 anos ganhou dos pais uma coleção que adorava folhear e ver os desenhos. Segundo ele, os livros infantis contribuíram para a sua formação como ilustrador. “Eu passava muitas horas do dia vendo as ilustrações, cada detalhe. O livro que mais me marcou e que eu consegui resgatar para a minha biblioteca de livros infantis foi “Pinote, o fracote e Janjão, o fortão” de autoria de Fernanda Lopes de Almeida e ilustrado por Alcy Linares”, conta.
Ziraldo e Martin Handford, autores de “O Menino Maluquinho” e “Onde está o Wally?”, respectivamente, são nomes de grande influência para Laqua. A partir da leitura e percepção desses livros, sua paixão pelas ilustrações e o hábito de ler só cresceram. Ele conta que lê diariamente e tem o costume de ler vários livros ao mesmo tempo. “A leitura me fez evoluir como pessoa e profissional. Ajudou a me descobrir e me conhecer. Trouxe novas conexões e ideias por meio de novos mundos, novos conceitos e pontos de vista”, relata.
Outro livro que marcou a infância do desenhista é Gnomos, de Will Huygen, um livro importado pelo pai e que continha uma riqueza de detalhes e aquarela que o impressionaram. “A ilustração é um dos meios mais eficazes na comunicação da história e das ideias. Principalmente quando estamos falando de livros infantis onde as crianças se divertem e viajam com os desenhos, dão sua própria interpretação e criam novas histórias”, afirma Laqua. Certamente as ilustrações tem o papel de complementar e dar vida ao texto. Através delas, as crianças podem perceber sentimentos, emoções e outros detalhes que somente as palavras não conseguem descrever. É olhando os desenhos que a história se torna ainda mais mágica, fantástica, divertida e aproxima os pequenos dos livros.
por Thays Kloss